Toda solidariedade ao povo palestino!

Alexandre Braga
3 min readOct 30, 2023

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A Palestina é um país, com status de observador no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), com soberania e território reconhecidos por mais de 138 nações e blocos geopolíticos, entre os quais a Liga Árabe, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a União Europeia, por exemplo, inclusive pelo próprio Estado do Vaticano. No entanto, após o colapso do império Turco-Otomano na região, desde 1917 a Palestina vive uma série de invasões de seu território, que foi alvo de partilha pela Inglaterra, e, posteriormente, pelo movimento sionista internacional, que resultou na criação de Israel, em 1947. Na Faixa de Gaza existe um bloqueio controlado pelos israelenses em que a população palestina tem acesso restrito aos locais de trabalho, com controle da infraestrutura, como escolas e hospitais, inclusive com monitoramento da comunicação. Na região, existe uma forte ocupação militar e uma expansão da invasão israelense, totalizando ao menos 430 mil judeus vivendo em 132 assentamentos, conforme dados da ONU, em que por meio de construção de colônias destinadas exclusivamente para pessoas judias, mais de 700 mil palestinos foram obrigados a deixar suas casas, no expurgo chamado de Al Nakba (tipo de limpeza étnica ou catástrofe), configurando o maior e mais longo campo de concentração a céu aberto já visto na história recente. Desta forma, não é a primeira vez que o local sofre agressões de nações estrangeiras; e essa crise humanitária que está ocorrendo é das mais chocantes, pelo nível de sadismo e pelo alto grau de opressão, porque além do racismo e da xenofobia, os palestinos e as palestinas vivem um intenso ataque nos meios de comunicação e nas redes sociais, situação piorada pela falta de acesso a água, aos alimentos e a medicamentos doados por voluntários, mas que devido ao bloqueio, somente alguns caminhões com ajuda humanitária teve autorização para adentrar as fronteiras com o Egito, único caminho possível para fuga dos ataques com bombas ultramodernos disparados pelas Forças de Defesa de Israel.

Nesse aspecto, é urgente a abertura de um corredor humanitário justamente para chegar comida e remédios para quem precisa, em especial para civis — crianças e idosos; e na mesma proporção, a aprovação de um cessar-fogo, para que a ONU possa liderar um processo de paz com o efetivo cumprimento dos acordos que reconhecem os dois Estados no Oriente Médio, o Estado da Palestina e o Estado de Israel, na medida em que conforme as regras do Direito Internacional, a Palestina tem direito à existência, à autodeterminação e ao convívio pacífico com os países vizinhos. Isso, hoje, não é possível porque o Estado da Palestina é controlado politicamente e belicamente pelas autoridades israelenses. Ou seja, apesar de ter um governo e eleições domésticas regulares, na prática, a Palestina vive um apartheid com uma série de violações da dignidade e da soberania filastina. Assim, como meio de proteção da vida, da liberdade e do livre desenvolvimento e sem submissão do povo palestino, é necessário o apelo à própria paz sem medo e com voz ativa, uma vez mais, com o fim urgente das agressões e pelo imediato desenlace do recrudescimento das violências no Oriente Médio, especialmente contra o genocídio palestino e para a consolidação do Estado da Palestina, livre!

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Alexandre Braga
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